segunda-feira, 16 de março de 2015

Diógenes, o Filósofo do barril.

Bom dia a tod@s

Nestes dias estava eu tranquilo e calmo, revisando alguns tópicos de filosofia como sempre o faço quando deparei-me com um vídeo já antigo que tenho, intitulado de "Projeto Paidéia na Escola", por sinal muito bom, e como quase sempre acontece, sinto uma necessidade enorme de escrever, pois gosto muito, não sei se quem recebe gosta de ler, mas das duas uma: ou haverá concordância com o que escrevo e, neste caso pude contribui para aumentar seu conhecimento sobre algo ou alguma coisa, ou haverá discordância e, neste caso ficarei feliz em receber suas críticas e assim quem terá o conhecimento acrescido será eu.

Assim, sem mais delongas vamos ao cerne do assunto, o vídeo em questão trata sobre um período da Grécia antiga ou clássica, denominado de Helenismo, não vou entrar em muitos detalhes, mas em poucas palavras helenismo foi o período em que a língua e a cultura grega eram comuns aos três grandes reinos helênicos, a saber; a Macedônia, a Síria e o Egito, assim desparecendo as fronteiras entre os diferentes países e culturas, povos gregos, romanos, egípcios, babilônicos, sírios e persas foram reunidos em uma só culturra, usavam a mesma moeda, falavam o mesmo idioma, viveram assim o que nós chamamos hoje de globalização. Nesse período surgiram algumas Escolas Filosóficas, dentre as quais destaco o Epicurismo, o Estóicismo e os Céticos, porém desejo falar um pouco aqui dos Cínicos.

Os Cínicos foi uma Escola Filsófica criada por Diógenes, também chamado de filósofo do barril. Pois bem os cínicos em poucas palavras, diziam o seguinte: Que a felicidade não dependia de luxo, poder político, ou uma boa saúde, para eles a verdadeira felicidade consistia em se libertar dessas coisas casuais e efêmeras, dessa forma por não estar a felicidade nestas coisa é que ela poderia ser alcançada por qualquer pessoa, poderia ser alcançada por todos que a buscassem e, o melhor depois de alcançada a felicidade não poderia ser mais perdida. Acho muito interessante o modo de pensar desta escola filosófica, a maneira como eles entendia a felicidade sem luxos ou poder terreno, mas pelo contrário a felicidade se achava nas coisa simple da vida, uma espécie de negação da ostentação.

Bem vou falar um pouco do fundador da Escola, Diógenes vivia dentro de um barril, não possuía mais do que uma túnica, um cajado e um embornal (saco ou bolsa usada a tiracolo) de pão, dizem alguns que vivia como um cão, ao que ele respodia: Então, faço festa para quem me dá alguma coisa, rosno para quem me rejeita e cravo os dentes nos crápulas. Era sensacional esse Diógenes, as vezes gostaria de fazer o mesmo, mas deixa isso pra lá. Conta-se que Alexandre o grande, dizia que se não fosse general e rei queria ser como Diógenes por causa de sua sabedoria e por isso Alexandre resolveu visitar Diógenes em sua residência, ou melhor em seu barril, quando chegou lá caiu na besteira de perguntar para Diógenes o que ele queria que o rei lhe fizesse, ao que Diógenes olha para ele e sua gigantesca comitiva e responde, só quero que você saia da minha frente pois está atrapalhando o meu banho de sol. Sem palavras até para comentar isso, só posso dizer fenomenal.

Outra coisa interessante sobre o cínico Diógenes era o fato de que ele andava pelas ruas e praças de Atenas de dia e a noite com uma lanterna acesa na mão a procura de um "Homem Justo", acho que se este filósofo ainda fosse vivo ele ainda estaria procurando, kkkkkkkkkkkkkkkk, mas risos a parte, acho que a mensagem dos cínicos para nós é bem simples, para se viver uma vida boa não precisa de luxo, ostentação ou poder, mas o que se precisa mesmo é viver uma vida simples e pautada no fato de sempre sermos nós mesmos, seja qual for a situação, até mesmo quando um rei, general ou seja lá o que for, vier nos indagar ou oferecer algo ou alguma coisa, sejamos sempre nós mesmo e mantenhamos nossos princípios de humildade, honestidade, coragem, austeridade e fidelidade aos princípios morais e éticos que regem a sociedade.

Acho que na atual situação por que passa o nosso país, com tanto roubo, covardia e corrupção, faltou a estas quadrilhas de assaltantes do POVO,terem frequentado a Escola do cínico Diógenes, para aprenderem que para se viver bem basta um simples barril, uma túnica e uma bolsa a tiracolo. Já dizia também o velho filósofo Sócrates quando andava diariamente no mercado de Atenas e, apontava para os vários produtos supérfluos ali exposto e dizia: "Vejam de quantas coisas eu não preciso", são justamente essas coisas de que não precisamos as que mais nos atraem e que muitos levados por um sentimento de sempre obter vantagens sobre os demais, ou o que nós chamamos de "Jeitinho brasileiro", se degradam e perdem a dignidade e fazem o que está acontecendo infelizmente em nosso país, não se pode nem mais assistir um jornal, pois as notícias são sempre as mesmas. Devemos manter nossas vidas pautadas pelo sentimento de fazer o certo e não dá um jeitinho pra tudo, nunca é tarde para se fazer o certo, pois como diz o nosso Criador maior, Jesus Cristo, em sua regra áurea "Não faça aos outros o que você não quer que seja feito a você", talvez possamos ainda ter um mundo melhor, se passarmos a por em prática este ensinamento tão atual e marcante de Cristo. 


Vou me despedindo por aqui, deixando o resto da reflexão para os meus amigos e amigas fazerem, pensem nisso e tenham um excelente final de semana naquele que é o príncipe da Paz, Jesus Cristo, meu Deus e Deus meu.

2 comentários:

  1. Obrigado por proporcionar uma grande reflexão sobre tudo!

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  2. Disponha, é um prazer grande que tenho em escrever.
    Muito obrigado.

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