Considero
a observação uma arte que infelizmente poucas pessoas possuem, vivemos tempos
agitados, velozes e imediatistas, em que tudo tem que ser feito na hora, na
lata como se diz no popular, porém mesmo nesses tempos assim modernos, uma hora
vamos ter de parar, seja para olhar e perceber as coisas ao nosso redor, seja
para pensar sobre elas, seja para refletir e descobrir coisas até então ocultas
ao nosso entendimento ou simplesmente para repousar, esse aqui é bom não é?
Pois bem,
todos os dias faço praticamente o mesmo percurso até chegar ao meu trabalho, só
em raras exceções mudo o caminho, a exemplo de engarrafamentos, batidas e
coisas mais, fora isso, sigo meu percurso como de costume. Mas hoje percebi
algumas ações que aguçaram minha atenção e imaginação, passei por várias mães
que levavam seus filhos ao colégio, olhei mais atentamente e pude perceber quão
grande afeto existia entre ambos, filhos e mães de mãos dadas seguiam alegres e
felizes, esse sentimento maravilhoso de ter alguém ao seu lado, que se pode
confiar, mesmo nas horas mais periclitantes da vida, certo é que, eram mães bem
frágeis, franzinas, mas que seguravam seus filhos com uma força interior
impossível de ser descrita em palavras, AMOR DE MÃE.
Penso ser
momentos como estes que os filhos não querem que acabem nunca, que produzem
felicidade, assim, quanto mais longínqua estiver a escola melhor, kkkkkkk. Na
filosofia grega existe uma palavra “Eudaimonia” que é comumente traduzida por
felicidade ou bem-estar, que ilustra bem esse momento que estou a transmitir.
Para o filósofo Aristóteles felicidade é um princípio, é o gênio de nossas
motivações, ou seja, a felicidade é aquilo que nos motiva, que nos faz viver
com alegria, trocando em miúdos, felicidade é fazer aquilo que se gosta, são
momentos que a gente não quer que acabe nunca, mas que permaneçam para sempre.
Recentemente
assisti no you tub, uma palestra do ator e comediante americano Jim Carrey,
intitulada “discurso inspirador Jim Carrey”, em que ele fala para os formando
de 2014 de uma Universidade nos Estados Unidos, dentre as muitas ideias exposta
por ele, uma me deixou curioso, vou tentar expor: “Meu pai poderia ter sido um
grande comediante, mas ele não acreditava que aquilo era possível para ele.
Então ele fez uma escolha conservadora. No lugar disto, ele pegou um emprego
seguro como contador, e quando eu tinha 12 anos de idade ele foi mandado embora
desse emprego. E nossa família teve que fazer o que pôde para sobreviver. Eu
aprendi muitas lições como meu pai. Uma delas é que você pode falhar, fazendo o
que você não gosta. Então, porque você não se dá uma chance de fazer o que você
ama?
Deixo
essa pergunta para você responder para si mesmo. Se felicidade são momentos que
queremos que sejam eternos, simplesmente porque estamos fazendo o que gostamos,
então vamos nos dar uma chance de sermos felizes, fazendo aquilo de que
gostamos. Quantas pessoas estão ganhando rios de dinheiro trabalhando naquilo
em que não gostam, não tem felicidade alguma, vivem uma vida sem perspectiva,
sem vontade, sem motivação. Um amigo meu de onde trabalho, que nunca leu um
livro de filosofia, nem sabe da existência da palavra eudaimonia, mas que
sempre me disse, se o que nos faz feliz é vender frutas nas ruas, então vamos
vender frutas nas ruas, porque felicidade tem a ver com o que gostamos de fazer
e não com o que ganhamos, fazendo o que não gostamos, adoro a sabedoria
popular, por isso gosto de observar tudo ao meu redor, aprendizado puro.
Como hoje
fazem 51 anos do discurso de Martin Luther King Jr. Conhecido popularmente como
“I Have a Dream”, ou, “Eu tenho um sonho”, onde ele discursa contra o racismo
de sua época nos EUA, eu também tenho um sonho, onde as pessoas possam viver
livres e felizes em plena harmonia, sendo e fazendo aquilo de que gostam. Pura
felicidade. Talvez eu seja um sonhador, mas eu não sou o único, acredite, sonhe
este sonho também. Vou parar por aqui, não desejo me estender mais, pois acho
que já me fiz entender, agora é contigo, continuar ou não continuar esta
reflexão.
Até breve...................................................
Edney de Oliveira da Silva
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